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Martha Rocha a eterna Miss Brasil


Martha Rocha, a eterna Miss Brasil, morre aos 83 anos

O país perdeu aquela que é sempre lembrada como sua primeira Miss Brasil oficial. 

Maria Martha Hacker Rocha sofreu um infarto do miocárdio, seguido de parada respiratória. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu.

Martha Rocha era bahiana e foi eleita Miss Brasil em 1954, quando o concurso começou a ser realizado oficialmente.

Martha Rocha, Miss Brasil em 1954 Foto: Niels Andreas / Folhapess

Segundo o Dicionário Cravo Albin, em 1955, Martha Rocha teria sido convencida por Guilherme Simões, sobrinho do fundador do jornal “A Tarde”, a participar do concurso de Miss Bahia. Coroada Miss do estado, viajou ao Rio de Janeiro e concorreu ao título de Miss Brasil, sendo eleita por grande maioria.

Meses depois, a Miss Brasil concorreu ao posto de Miss Universo nos Estados Unidos e ficou em segundo lugar, atrás da americana Miriam Stevenson. O suposto motivo da derrota foram “duas polegadas” a mais em seu quadril. Segundo o livro “O império do papel: os bastidores de O Cruzeiro”, de Accioly Netto, as “duas polegadas” teriam sido uma invenção do jornalista João Martins, da revista “O Cruzeiro”. Martha afirmou em sua autobiografia que nos Estados Unidos ninguém lhe tirara as medidas.

A história virou marchinha de carnaval em 1955, com o refrão “Por duas polegadas a mais, passaram a baiana pra trás/Por duas polegadas, e logo nos quadris/Tem dó, tem dó, seu juiz”.

A modelo Marta Rocha recebe a faixa de Miss Brasil, em 1954 - Foto: Reprodução.

Nascida em Salvador em 19 de setembro de 1936, Martha era a sétima filha do casal Álvaro e Hansa Rocha e casou-se cedo com o banqueiro português Álvaro Piano. Com ele teve dois filhos: Álvaro Luis e Carlos Alberto. Pouco depois, Piano morreu num acidente de avião. Martha retornou ao Brasil e em 1961 casou-se com Ronaldo Xavier de Lima, com quem teve a artista plástica Claudia Xavier de Lima.

Ano passado, Martha divulgou que, por questões financeiras, estava vivendo num lar de idosos em Volta Redonda, no Sul Fluminense. Ela morreu aos 83 anos, no dia 4 de julho, às 13h, na Casa de Repouso Carol Caminha, em Icaraí, Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, onde morava há um ano e meio, vítima de insuficiência respiratória seguida de infarto. O corpo foi enterrado no dia seguinte no Cemitério do Santíssimo Sacramento, em Niterói.

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